domingo, 25 de setembro de 2011

A MISTÉRIO DA VIDA
Durante milênios a filosofia e a metafísica tentam responder as perguntas da esfinge:
De onde vim?
Por que estou aqui?
Para onde vou?

Sem chegar a conclusão alguma, pois se baseiam em hipóteses, que variam de mente a mente ou, de maneira mais complexa ainda, como seja, emitindo "premissas". Partindo do postulado de que "premissa" é algo que se toma, ou melhor, que se pode admitir como verdade mais que, enquanto "premissa" não pode ser submetida à experimentação, não interessa ao campo da ciência; a ciência estuda realidades, iniciando com fenômeno ou algo de existência real para, depois, então, submeter o fato à análise, principalmente através da experimentação.
Quando falamos de regressão a vidas passadas falamos em Palingênese, Regressão a egos anteriores e Retrocognição. Tudo isto são abordagens filosóficas da teoria da reencarnação.
Para falarmos de vidas passadas, temos que primeiro pressupor a existência do espírito. Segundo o espiritualismo, a personalidade humana é o resultado da sintese das encarnações passadas, mais a encarnação presente.
Pontilhando como estrela de primeira grandeza nos céus da filosofia antiga, encontramos Platão, procurando provar, além da existência da alma, seu retorno em corpos sucessivos para, como afirmava, novamente se plenificar de sabedoria infinita, que trazia em potencialidade quando, por razões obscuras, foi banido do mundo das idéias, onde o homem era pleniconsciente.
Saindo do oceano imenso da filosofia antiga, vemos Descartes, através da negação de tudo que a filosofia afirmava, chegar a conclusão do "EGO SUM QUE SUM", isto é, "EU SOU AQUELE QUE SOU" ou, de maneira mais atual, "EU SOU O PENSADOR". Este pensador seria a transcedência absoluta do ser, ou seja, o espírito humano, aquilo que transcede os próprios pensamentos pois, para Descartes, a caracteristica da alma humana, ou sua transcedência máxima, era caracterizada pelo fato do ser humano poder manejar seus pensamentos.
Segundo a filosofia materialista da época, o ser humano nada mais era do que um conglomerado de pensamentos mais ou menos arbitrários, mais ou menos organizados e dependentes do meio. Descartes veio, entretanto, destruir esse conceito através da introspecção, como seja, "EU NÃO SOU SOMENTE MINHAS EMOÇÕES, PORQUE MINHAS EMOÇÕES DEPENDEM OU PODEM SER MUDADAS PELOS MEUS PENSAMENTOS". Com o magistral resultado de seu raciocínio filosófico, chegou a uma verdade considerada irrefutável, isto é, que "EU NÃO SOU APENAS UM CONGLOMERADO DE PENSAMENTOS, MAS, ALGO QUE TRANSCEDE OS PRÓPRIOS PENSAMENTOS", ou seja, algo de ser humano, que diz:
"Eu quero mudar de pensamento" ou "Eu quero pensar nisto ou naquilo".
A esta transcedência ou área do ser humano que maneja os pensamentos, ele chamou "O PENSADOR", ou melhor, o espírito que tudo transcende.
Somente há poucas décadas, graças ao avanço principalmente da física e da psicologia, a alma ou consciência humana vem sendo submetida ao crivo da ciência e mesmo à experimentação laboratoriais.
Dentro do enfoque da física, sabendo-se que a matéria densa é resultante de adensamentos energéticos de dimensões que vieram, ao se afastrem da fonte inicial, perdendo variáveis e criando "densidade", podemos concluir que tudo que é denso tem harmônicos até o "infinito".
Também com a física na mão, podemos dizer que o plano mais denso onde estamos, que é o plano tridimensional, está sujeito ao tempo, que tudo destroi. Para nós, tudo o que está "acima" do plano denso, cujo limite, atualmente admitido é a velocidade da luz, passa para planos de mais de três variáveis, como seja, a quarta, a quinta e a sexta dimensões. Assim sendo, considerando a estrutura densa do ser humano, ou seja, o corpo físico, denso, tem que ser harmônicos (a mesma expansão) até o infinito. Podemos, assim, considerar a alma humana como o conjunto de harmônicos que permeiam o corpo físico, denso, portanto, perecível.
De conformidade com a psicologia, o ser humano tem dois inconsciente: o inconsciente atual e o inconsciente arcaico. O "Inconsciente Atual" é o resultado de tudo o que introjetamos desde o momento do nascimento, e o "Inconsciente Arcaico" é que trás a memória racial, ou seja, os conteúdos de memória dos períodos anteriores por que passou a espécie.
Filosoficamente falando;
Inconsciente Atual - Áreas superiores corticais, neocorticais ou isocorticais
Inconsciente Arcaico - Áreas subcorticais ou paleocorticais
Esta concepção encontra apoio na Reflexologia e no Behaviorismo.
A teoria Palingenética procura focalizar os inconscientes anteriores, os clichês astrais ou a memória de vidas passadas, nas células antigas do paleocórtex. Podemos dizer que o neocórtex é a área que vai aos poucos sendo programada em contato com o meio e o paleocórtex é a área que não se programa através do meio, pois já vem programada. Nessa área, estão os instintos ou, segundo a moderna etiologia, os "mecanismos deflagadores de comportamentos", os tipos psicológicos do ser, as quais serão desenvolvidas ou norteadas de conformidade com os meios onde estiverem imersas, na caminhada da vida. A Palingênese procura situar nessa área do "material" ou no contexto herdado, o conjunto das personalidades ou dos egos passados.
Devido a causas que a ciência ainda não pode explicar, entre quatro ou cinco pessoas, uma pode regredir com bastante clareza, à qual damos o nome de portadora de sensibilidade profunda. A grosso modo, 25% das pessoas possui uma sensibilidade que podemos chamar de profunda, pessoas estas que podem com facilidade regredir a passado remoto; 50% que chamamos de sensibilidade média, poderá regredir com certa dificuldade e com clareza pouco satisfatória; os 25% restantes poderemos considerar irregressíveis. As regressões de memórias feitas em pessoas de sensibilidade profunda, podemos regredi-los, dividindo a referida regressão, nas seguintes fases:
) Até o nascimento, que é o terreno da psicologia pois, dentro de uma abordagem hipno-analítica (psicanálise) podemos detectar traumas ou situações recalcadoras, até mesmo durante o parto.
) Até três meses antes do nascimento, onde muitas vezes vamos encontrar memórias de acontecimentos externos vividos ou presenciados pela mãe, o que existe com relativa frequência na literatura da Psicologia Analítica.
) Até a concepção, o que já consideramos terreno da Parapsicologia.
) A uma época anterior à sua concepção, onde descrevem uma vida em plano psíquico ou em um plano espacial e , nesta descrição, o que mais espanta o pesquisador, principalmente se o mesmo é psicólogo ou psiquiatra, é o fato de não podermos entender onde ele foi condicionar reflexos para descrição rica e minuciosa em detalhes, que todos falam desse plano psíquico.
) Como ponto culminante do processo regressivo, vemos que, durante o período em que vamos levando a memória cada vez mais para trás, num determinado período, em geral entre 70 e 150 anos anteriores ao nascimento, o percipiente toma atitudes estranhas, assumindo uma personalidade diferente e, às vezes, sexo também diferente. A partir daí, passa a descrever uma vida nessa época longínqua, com todas as características de estar descrevendo uma realidade aonde, na grande maioria das vezes, não notamos processos alucinatórios, nem tão pouco interveniência de fantasias do inconsciente. É comum até em grande parte dos casos, o percipiente falar a língua da época, com sotaque da época.
É digno também de estudos, a descrição de semelhança que ocorre no fenômeno morte, assim como o desligamento do espírito, para depois seguir os intricados páramos do que chamaremos plano psíquico, até se apresentar renascendo na vida presente.
Nessas revivescências ou representações vivenciais, o percipiente, independente de sua filosofia ou credo religioso, descreve com os mínimos detalhes e com a máxima coerência possível, todos os momentos de sua vida, assim como o processo psicológico de maturação da infância, adolescência e idade adulta, com todos os coloridos dessas fases, na época. Até o timbre vocal acompanha a idade cronológica da pessoa. Neste processo, nota-se um apagamento total dos analisadores atuais, passando a funcionar as características mentais da cultura da época, num ego, como se realmente estivesse revivendo uma outra existência.
A cultura e grau de conhecimento do percipiente, durante o transe, geralmente, não coincide com o que ele tem no presente, pois que se apresenta com uma cultura bem maior.
Podemos citar alguns exemplos:
1 Um delegado de polícia do Rio de Janeiro, dentro do processo regressivo, apresentou-se como irmã de caridade, diretora de um dos maiores colégios da Bahia, tendo falecido em 1875. Ardendo de curiosidade, partiu para Salvador onde, nos arquivos do referido estabelecimento de ensino, constatou que a citada irmã de caridade tinha sido diretora, aquela época, havendo resquício de sua sepultura.
2 Outro paciente, cujo nome real é Doralício, rapaz culto, trinta e seis anos de idade, ao regredir, tomou personalidade de escravo recém-nascido em angola que, na representação psicológica, exatamente idêntica a um escravo da época, descreveu com minúcia toda sua vida naquela região. Anos após, foi comprovada a existência de quase tudo o que descreveu, por um casal de médicos, que lá passou uns seis meses. Até um rio e uma cidade que, poucos anos mais tarde, mudaram de nome.
3 Uma aluna da Faculdade Gama Filho apresentou-se, morando numa determinada rua de Santa Teresa, tendo morrido em 1937 e dando o nome completo de seus pais; indo com um grupo de colegas à referida casa, reconheceu todos os cômodos, notando apenas a diferença da cor de dois compartimentos nos quais, após ter sido raspada um pouco a parede, apareceu a antiga cor. A constatação mais interessante deste caso foi a certidão de óbito por ela obtida, em cartório, do homem que ela dera como pai e que morrera cinco anos depois da morte da percipiente.
4 Um rapaz de quatorze anos apresentou-se como um sacerdote chinês há mil anos passados, descrevendo todos os processos de iniciação da época e dando uma mensagem em chinês que , depois, no centro chinês, foi constatado ser um chinês antigo, sendo traduzidas, apenas, vinte e poucas palavras.
No processo regressivo, parece que atingimos um desses egos anteriores ou clichês astrais, fazendo com que o mesmo entre em funcionamento, com o apagamento do ego atual. Sempre acontecerá, quando houver condições apropriadas indispensáveis, ou seja, um percipiente adequado, que se encontra um, entre quatro pessoas.



Créditos
Paulo de Tarso F. de Queiroz
Hipnoterapeuta
paulotarsoqueiroz@gmail.com

quarta-feira, 20 de julho de 2011

AMIGO !!!

 Sempre procuramos uma maneira de expressar poucas vezes as coisas mais importantes que existe . Por que será?
Nossa!!! se conseguíssemos dizer palavras de carinho todos os dias para nossos verdadeiros amigos, garanto que seríamos mais pleno, mais enquanto não aprendemos, iremos extravasar esse amor no dia 20 de agosto.
  O que eu espero de um amigo é a verdade. Verdade na hora de colocar a opinião sobre algo em minha vida, mesmo que essa não me agrade tanto. Verdade no sorriso, verdade na hora da raiva, verdade no abraço, verdade e verdade... 
  Quero me esforçar a cada dia para conseguir ser uma boa amiga para aqueles que me derem esse privilégio, compartilhar suas vidas comigo, momentos bons e momentos ruins. Não preciso de amigos de festa, na festa só se precisa de pessoas animadas e nem sempre se encontra amigos em uma festa. Quero amigos que me digam os defeitos que me aterrorizam, das qualidades que eu me orgulho e me esforço para manter, me favorecerem direções a seguir nesta caminhada. Preciso de amigos e preciso ser amiga de verdade, assim será sempre. Valorizando cada pessoa que Deus colocar em meu caminho, sem demagogia, sem esforço para amizade acontecer, pois só é de verdade quando é natural.
  Que hoje todos os amigos que já passaram em minha vida e que lá no fundo sempre permanecem, que os amigos de hoje e os amigos que ainda irei encontrar, sejam abençoados, iluminados, a humanidade precisa de amigos, amigos da paz.


                                                                          Gheyse Cavalcanti ;)

terça-feira, 21 de junho de 2011

A imaturidade psicológica


A imaturidade psicológica não oferece sinergia para as lutas com efetivo espírito de competitividade e de realização.


Porque num estado medíocre de evolução, o ho­mem busca sobressair-se, engendrando mecanismos de individualismo e utilizando-se de superados mé­todos de combate aos outros antes que de autoliber­tação.

Para destacar-se, em tal conjuntura, usa os ou­tros, através de artifícios do ego para conseguir os seus objetivos que, não o plenificando, prosseguem conflitivos, ou recorre à velha conduta do dividir para imperar, acumulando insucessos reais que são tidos como realizações vantajosas.

A valorização de si mesmo conscientiza o ser quanto à necessidade de bom trânsito no grupo so­cial e da sua importância no mesmo. Célula valiosa do conjunto deve encontrar-se harmônico, a fim de gerar um órgão sadio que se promoverá ampliando o círculo através de novos membros, dessa forma alcançando toda a sociedade.

A vida expressa-se em um todo, num coletivo equilibrado que, mesmo se apresentando numa es­trutura geral, não anula o indivíduo, nem o impede de desenvolver-se, agigantar-se. Isso porém, não o leva, necessariamente, ao individualismo, que é con­duta imposta pelo ego conflitivo.

Quando tal ocorre, as carências afetivas se apre­sentam transmudadas em ambições que atormentam enquanto parecem satisfazer, o indivíduo dá mos­tras de auto-realização que mal disfarça a solidão e a insatisfação íntima que se lhe encontram pulsantes no íntimo.

É provável que, nesse contexto, o hemisfério es­querdo do seu cérebro — racional, analítico, matemá­tico, lógico, casuístico — ignore o poder do direito — intuição, imaginação, transcendência, pensamento holístico, artístico —, condenando-o a viver sob a in­junção de fórmulas, de teorias, de conceitos preesta­belecidos, de julgamentos feitos, de regulamentos rígidos, aparentando não sentir necessidade do emo­cional e artístico, do divino e metafísico.

Nesse afã de ser lógico e individualista, impõe-se, sem dar-se conta, os próprios limites, e, por te­mor de aventurar-se no grupo social, integrando-se e explorando possibilidades que poderão resultar no progresso geral, estiola-se emocionalmente, tornan­do-se rude, amargo, ingrato para com a vida, embo­ra projete imagem diferente de si.

Perdendo o contato com a intuição, a simplici­dade, o senso comum, isola-se, e passa a ver o mun­do e as demais pessoas por meio de uma óptica distorcida, que lhe tira a claridade do discernimento e lhe faculta a identificação de conteúdos e contor­nos, fronteiras e intimidades.

Estabelecendo objetivos que agradam ao ego, mais se lhe aumentam os conflitos internos, por fal­ta de valor para identificar as próprias falhas e os medos que não combate.

O individualismo é recurso de fuga das propos­tas da vida, desvio de rota psicológica, porque avan­ça holística e socialmente para o todo, para o con­junto que não se pode desagregar sob pena de não sobreviver.

Todo individualista impõe-se, usando os demais, e converte-se em títere de si mesmo e dos outros, ou sucumbe nas sombras espetaculares do transtorno íntimo que foge para a loucura ou o suicídio.

Os objetivos não conflitivos da vida, porém, são conseguidos pelo indivíduo que os reparte com o seu grupo social, no qual sustenta os ideais, haurin­do aí sinergias para prosseguir lutando e vencendo, de forma saudável e equilibrada, sem projeções nem imagens irreais.

                                                                                                       Joana de Ângelis

quarta-feira, 8 de junho de 2011

DECISÃO GERA TRANSFORMAÇÃO

   Começamos traçando um caminho desde o dia no qual decidimos algo, seja esse algo bom ou ruim, esperando colher os frutos das escolhas feitas.
   Há aqueles que exageram, colocam toda sua vida em uma escolha, muitas das vezes nem tão importante assim; geralmente até mais ligada com a escolha de outra pessoa, comunidade, família. O fato é, decidir resumi-se a uma atitude unica e intransferível. Para onde iremos, para onde possamos voltar, qual comida ingerir, o que beber, qual roupa eu vou...tudo tem um sentido, nada escolhe-se aleatoriamente e cada coisa com sua notoriedade. Será que damos notoriedade correta para nossas escolhas? quantos de nós já nos "pegamos" mas a frente repensando e se perguntando o por que, de tantas coisas já escolhidas? Qual importância real naquela escolha, decisão?.
    Costumeira-mente somos manipulados por tantas coisas, revistas, tv, "INTERNET", seguindo padrões, imitando as pessoas que admiramos e esquecemos de dar notoriedade aquele personagem no qual é o mais importante da nossa vida, NÓS mesmos. Comum, natural, nada vergonhoso, afinal estamos aqui frente ao crescimento, mas podemos e devemos ter responsabilidades com nossas escolhas, podemos fazer o roteiro da nossa própria Novela, um dia se ganha, outro se perde, no outro encontra-se alguém interessante, depois alguém que você tem a certeza que jamais fará parte da sua vida íntima, círculo de amizades. É a lei da vida, agradar a todos ninguém conseguiu ainda! E pobre desse que tente, pois mostra a tamanha falta de sabedoria, pois devemos ser queridos, amados, pelo que somos, pelas escolhas e decisões que tomamos, sendo elas boas ou não para os que nos amam. Respeitar é a regra geral de uma vida onde se busca alcançar a tão sonhada escolha: SER FELIZ ! =)                         


                                                         Gheyse Cavalcanti   

sexta-feira, 20 de maio de 2011

ENFERMAGEM UMA DÁDIVA DE DEUS

Enfermeira Muito Além do Dever

Conta A. J. Cronin, em sua obra, Pelos caminhos da minha vida, o exemplo de Olwen Davies, uma enfermeira que, aos 25 anos, recém-saída do seu curso prático de hospital, foi nomeada para o cargo de enfermeira visitante.

Apesar da recepção gélida que teve no lugarejo para onde foi mandada, ela se entregou entusiasticamente ao trabalho.

Com qualquer tempo, saía a pé visitando os doentes, subindo montes, e andando por caminhos desertos.

O médico da localidade era um mau profissional e tantos foram os desencorajamentos, que Olwen teve que lutar para vencer a tentação de demitir-se.

Quando uma violenta epidemia de febre tifóide atacou a pequena cidade, ela foi até o responsável pela saúde pública, a fim de receber instruções para combater a epidemia.

Irritado, ele a despachou, dizendo que o surto não era novidade. Os doentes seriam tratados e pronto. Era o que bastava.

A enfermeira colheu amostras da água de diversos poços artesianos, onde a população se abastecia, e encaminhou para análise laboratorial.

48 horas depois, um telegrama oficial dava contas de que o tifo tinha origem num determinado poço que abastecia a parte baixa da cidade.

O Centro de Saúde interditou o poço e a enfermeira sofreu protestos de toda ordem, por ter exorbitado dos seus deveres, metendo-se onde não devia.

No entanto, não apareceram mais casos de tifo e a epidemia foi cortada em tempo recorde. A opinião pública mudou e o povo lhe abriu as portas.

Uma comissão de moradores, ao final do ano, a presenteou com uma bicicleta. Agora, ela chegava mais rápido aos doentes mais carentes.

Por iniciativa própria, inaugurou uma Clínica para crianças e velhos, em um quarto alugado e pago com o seu dinheiro.

Quando lhe diziam que ela deveria estar ocupando cargos de diretoria em importantes hospitais, como algumas das moças que haviam se formado na mesma turma, ela respondia:

O meu lugar é este, onde me encontro. Prefiro trabalhar no anonimato, tratando de crianças e velhos carentes.

Certo dia, ela saiu em sua bicicleta para atender um chamado.

um trecho da estrada, foi de encontro a uma pilastra que havia caído atravessada. Olwen Davies ficou ali, toda a noite, sob o vento e a chuva.

Encontrada pela manhã, foi levada para o hospital de uma cidade maior. Ela havia fraturado a coluna vertebral.

Uma série de operações longas e complicadas, massagens e eletroterapia resultaram em nada. Nunca mais ela poderia andar.

A corajosa enfermeira não se abateu. Anos mais tarde, numa cadeira de rodas, o cabelo embranquecido, mais magra, as pernas cobertas por uma manta, mas ainda de uniforme, estava ela firme no trabalho a benefício do próximo.

Cercada pelos seus doentes, na maioria crianças, ela impelia com as mãos práticas as rodas da sua cadeira.

Quando as pessoas lhe perguntavam como se sentia, ela sorria, traduzindo alegria e bem-estar, e dizia:

Não está vendo? Estou ótima! Voltei ao trabalho e ainda sobre um par de rodas.

Recorda sempre da nobre aplicação dos valores de que dispões: a visão, a palavra, a audição, movimento, lucidez e tantos outros, distribuindo bênçãos entre os que conduzem um fardo mais pesado que o teu.

E lembra que O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A RAIVA

Sentimento estranho que surge por motivos diversos, nas mais variadas situações e lugares. Direcionado sempre a alguém, ou algo, sabemos da sua intensidade em cada um de nós e por que não tentamos trabalhar melhor ele, para que não atinja pessoas ao nosso redor que nada precedem esse sentimento ou causa?
Somos ditos seres racionais, mas quantas vezes você já não se achou irracional? Pois eu inúmeras vezes. Comum para todos nós que experimentamos da experiência que é viver. E melhor do que Viver, é tentar viver bem, não falo da comida que comemos, dos livros que lemos, das amizades que fazemos, das relações que estreitamos, falo da experiência de viver bem consigo mesmo, tentar se entender, tentar assumir todas as nossas falhas, deixar nos levarmos pela doce e simpático embalo das nossas marés. Parar de viver a vida que colocam para nós e sim, tomar conta da nossa. 
A raiva é uma explosão de sentimentos que muitas vezes está embutido em você mesmo e damos um motivo ou desencadeia por algo exterior, mas que na verdade é tão interior, que nem percebemos, pelo simples fato de sermos educados para analisar, estudar, discutir a vida alheia, ao invés da tão importante introspectiva própria.
Muitas das vezes quem menos merece um desagrado seu, leva a pior, tudo bem, quem não erra, mas têm gente que erra demais...é incontrolável, por que será? Bom eu só sei que olhar para dentro de si mesmo me traz muito mas tranqüilidade e ganho de tempo, do que olhar para vida do meu vizinho, da minha colega de sala de aula. Por que quanto mais eu olho a vida deles, mas eu acharei motivos de ter raiva, por que somos diferentes, opinamos contrário, sentimentos diversos. E quando eu olho mas para mim, eu crio algo tão essencial do que o prato que como, o respeito. Aprender a respeitar a vez de cada um, a opinião de cada um, o gosto, o diálogo, sem precisar perder o que tenho de mais importante, a minha essência. Bom trabalhos introspectivos para todos.  E lembre-se a atividade diária é olhar para si mesmos, é uma experiência incrível, e não se assustem pois encontraremos coisas muito boas e também coisas ruins, por que todos nós temos as duas faces da moeda. ;)


                                                           Gheyse Cavalcanti      

segunda-feira, 2 de maio de 2011

DÁDIVA DE SER MÃE

SER MÃE
A missão de ser mãe quase sempre começa com alguns meses de muito enjôo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, aumento de peso, dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros preenchendo espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.

Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga.

O instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento.

Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo?

É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do pequerrucho.

Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É levá-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.

Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas.

Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.

É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampará-lo nas pequenas derrotas. É ouvir as confidências.

Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: E se tivesse sido meu filho?

E ante fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do que ver um filho morrer de fome.

Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho.

É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.

É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.

Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.

Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de mamãe a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.

Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê.

Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo deseja viver mais º não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela.

É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro.

É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.

Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.

Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.

É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um Espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.