sexta-feira, 20 de maio de 2011

ENFERMAGEM UMA DÁDIVA DE DEUS

Enfermeira Muito Além do Dever

Conta A. J. Cronin, em sua obra, Pelos caminhos da minha vida, o exemplo de Olwen Davies, uma enfermeira que, aos 25 anos, recém-saída do seu curso prático de hospital, foi nomeada para o cargo de enfermeira visitante.

Apesar da recepção gélida que teve no lugarejo para onde foi mandada, ela se entregou entusiasticamente ao trabalho.

Com qualquer tempo, saía a pé visitando os doentes, subindo montes, e andando por caminhos desertos.

O médico da localidade era um mau profissional e tantos foram os desencorajamentos, que Olwen teve que lutar para vencer a tentação de demitir-se.

Quando uma violenta epidemia de febre tifóide atacou a pequena cidade, ela foi até o responsável pela saúde pública, a fim de receber instruções para combater a epidemia.

Irritado, ele a despachou, dizendo que o surto não era novidade. Os doentes seriam tratados e pronto. Era o que bastava.

A enfermeira colheu amostras da água de diversos poços artesianos, onde a população se abastecia, e encaminhou para análise laboratorial.

48 horas depois, um telegrama oficial dava contas de que o tifo tinha origem num determinado poço que abastecia a parte baixa da cidade.

O Centro de Saúde interditou o poço e a enfermeira sofreu protestos de toda ordem, por ter exorbitado dos seus deveres, metendo-se onde não devia.

No entanto, não apareceram mais casos de tifo e a epidemia foi cortada em tempo recorde. A opinião pública mudou e o povo lhe abriu as portas.

Uma comissão de moradores, ao final do ano, a presenteou com uma bicicleta. Agora, ela chegava mais rápido aos doentes mais carentes.

Por iniciativa própria, inaugurou uma Clínica para crianças e velhos, em um quarto alugado e pago com o seu dinheiro.

Quando lhe diziam que ela deveria estar ocupando cargos de diretoria em importantes hospitais, como algumas das moças que haviam se formado na mesma turma, ela respondia:

O meu lugar é este, onde me encontro. Prefiro trabalhar no anonimato, tratando de crianças e velhos carentes.

Certo dia, ela saiu em sua bicicleta para atender um chamado.

um trecho da estrada, foi de encontro a uma pilastra que havia caído atravessada. Olwen Davies ficou ali, toda a noite, sob o vento e a chuva.

Encontrada pela manhã, foi levada para o hospital de uma cidade maior. Ela havia fraturado a coluna vertebral.

Uma série de operações longas e complicadas, massagens e eletroterapia resultaram em nada. Nunca mais ela poderia andar.

A corajosa enfermeira não se abateu. Anos mais tarde, numa cadeira de rodas, o cabelo embranquecido, mais magra, as pernas cobertas por uma manta, mas ainda de uniforme, estava ela firme no trabalho a benefício do próximo.

Cercada pelos seus doentes, na maioria crianças, ela impelia com as mãos práticas as rodas da sua cadeira.

Quando as pessoas lhe perguntavam como se sentia, ela sorria, traduzindo alegria e bem-estar, e dizia:

Não está vendo? Estou ótima! Voltei ao trabalho e ainda sobre um par de rodas.

Recorda sempre da nobre aplicação dos valores de que dispões: a visão, a palavra, a audição, movimento, lucidez e tantos outros, distribuindo bênçãos entre os que conduzem um fardo mais pesado que o teu.

E lembra que O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A RAIVA

Sentimento estranho que surge por motivos diversos, nas mais variadas situações e lugares. Direcionado sempre a alguém, ou algo, sabemos da sua intensidade em cada um de nós e por que não tentamos trabalhar melhor ele, para que não atinja pessoas ao nosso redor que nada precedem esse sentimento ou causa?
Somos ditos seres racionais, mas quantas vezes você já não se achou irracional? Pois eu inúmeras vezes. Comum para todos nós que experimentamos da experiência que é viver. E melhor do que Viver, é tentar viver bem, não falo da comida que comemos, dos livros que lemos, das amizades que fazemos, das relações que estreitamos, falo da experiência de viver bem consigo mesmo, tentar se entender, tentar assumir todas as nossas falhas, deixar nos levarmos pela doce e simpático embalo das nossas marés. Parar de viver a vida que colocam para nós e sim, tomar conta da nossa. 
A raiva é uma explosão de sentimentos que muitas vezes está embutido em você mesmo e damos um motivo ou desencadeia por algo exterior, mas que na verdade é tão interior, que nem percebemos, pelo simples fato de sermos educados para analisar, estudar, discutir a vida alheia, ao invés da tão importante introspectiva própria.
Muitas das vezes quem menos merece um desagrado seu, leva a pior, tudo bem, quem não erra, mas têm gente que erra demais...é incontrolável, por que será? Bom eu só sei que olhar para dentro de si mesmo me traz muito mas tranqüilidade e ganho de tempo, do que olhar para vida do meu vizinho, da minha colega de sala de aula. Por que quanto mais eu olho a vida deles, mas eu acharei motivos de ter raiva, por que somos diferentes, opinamos contrário, sentimentos diversos. E quando eu olho mas para mim, eu crio algo tão essencial do que o prato que como, o respeito. Aprender a respeitar a vez de cada um, a opinião de cada um, o gosto, o diálogo, sem precisar perder o que tenho de mais importante, a minha essência. Bom trabalhos introspectivos para todos.  E lembre-se a atividade diária é olhar para si mesmos, é uma experiência incrível, e não se assustem pois encontraremos coisas muito boas e também coisas ruins, por que todos nós temos as duas faces da moeda. ;)


                                                           Gheyse Cavalcanti      

segunda-feira, 2 de maio de 2011

DÁDIVA DE SER MÃE

SER MÃE
A missão de ser mãe quase sempre começa com alguns meses de muito enjôo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, aumento de peso, dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros preenchendo espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.

Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga.

O instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento.

Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo?

É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do pequerrucho.

Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É levá-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.

Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas.

Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.

É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampará-lo nas pequenas derrotas. É ouvir as confidências.

Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: E se tivesse sido meu filho?

E ante fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do que ver um filho morrer de fome.

Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho.

É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.

É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.

Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.

Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de mamãe a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.

Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê.

Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo deseja viver mais º não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela.

É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro.

É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.

Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.

Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.

É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um Espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.